quinta-feira, 29 de julho de 2010

ALABASTRO RESERVA TINTO


Alabastro Reserva Tinto.

Este é um dos vinhos que eu não dispenso em casa. É um vinho típico alentejano, feito com sabedoria, e muito embora não seja um vinho excepcional, a verdade é que nunca nos deixa ficar mal em qualquer situação.
Por tudo isto é de facto um vinho a considerar quando não se sabe o que comprar.
De referir que este vinho é produzido na Quinta da Terrugem, que fica situada no Alentejo, na freguesia da Terrugem, no concelho de Elvas, em plena região demarcada de Borba, é hoje um ex-libris dos vinhos alentejanos.
Adquirida em 1991, possuía inicialmente 14 hectares de vinha e tem hoje cerca de 60 ha. plantados com as castas Aragonês, Tinta Roriz, Trincadeira, Periquita, Syrah, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet.
A adega da Quinta da Terrugem está implantada num edifício de traça regional alentejana encastrado numa pequena elevação de terreno na propriedade, que permite o trabalho das uvas através do declive natural.

Foram seleccionados vinhos das Castas Aragonez, Cabernet Sauvignon e Trincadeira Preta que envelheceram durante 9 meses em casco. Após o engarrafamento, sem recorrer à técnica de estabilização e filtração, as garrafas "dormiram" 6 meses em cave.
As condições de armazenamento ou de guarda dos vinhos são muito importantes se pretendermos preservar as características dos vinhos e garantir uma evolução regular ao longo do tempo. O local de armazenamento, deve garantir:
- uma temperatura que ronde os 10º-12º;
- com alguma ventilação de modo a evitar a proliferação de fungos;
- deve permitir a disposição das garrafas deitadas;
- ausência de oscilações ou vibrações;
- ausência de odores desagradáveis;
- as garrafas devem estar ao abrigo da luz;
- a humidade relativa deve ser elevada..
Este vinho é dono de uma cor rubi profunda com um aroma a frutos vermelhos muito maduros completados por nuances abaunilhados e madeira bem tostada.
Na boca é suave, extremamente encorpado e persistente.
A temperatura ideal de consumo situa-se entre 16ºC e os 18ºC.
Ideal para acompanhar todo o tipo de grelhados e assados.
Podemos encontrar este vinho à venda nas principais superfícies comerciais, com um preço a rondar os 6 a 7 euros.

MONTE DA PECEGUINA TINTO



Monte da Peceguina Tinto 2008

Normalmente todos os anos descubro um vinho que me apaixona e me acompanha nas minhas refeições mais elaboradas, sejam elas em casa ou nalgum restaurante mais indicado para tal.
Ora andava eu por terras dos Algarves, mais precisamente em Aljezur quando descobri o vinho que até ver é considerado por mim como o melhor tinto de 2008.
Trata-se do Monte da Peceguina de 2008, alentejano, como não podia deixar de ser, ou não fosse eu apaixonado pelos vinhos desta região, sem desprezar as outras regiões e seus respectivos vinhos, que também são muitissimo bons produzido na herdade da malhadinha nova em Albernoa, junto a Beja. .
Então o rotulo diz o seguinte:
Nas vinhas da Herdade da Malhadinha Nova, propriedade familiar situada em Albernôa no coração do Baixo Alentejo, foram colhidas à mão as uvas das castas Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon que após vinificação em lagares e estágio parcial de 7 meses em barricas de carvalho Francês e Americano deram vida a este vinho. Em 1998, ano de início desde projecto, nasceu a Francisca, primeiro elemento da nova geração da família. Foi ela quem plantou a primeira cepa dos 20 hectares de vinha da propriedade, o seu desenho no rótulo deste vinho simboliza uma paixão que queremos partilhar com todos os apreciadores do bom vinho alentejano.
Ao provarmos este vinho ficamos logo em sentido, pois percebemos que estamos perante um néctar que foi muito bem concebido.É um vinho que teve um estágio parcial em barricas de carvalho francês durante 7 meses.
Sai da garrafa com uma cor escura, jovem.
Aroma com boa intensidade. Notas tostadas, chocolate preto amargo, fruta vermelha a lembrar morangos e framboesas ácidas. Toque vegetal a lembrar pimentos.
Boca com bom volume e boa acidez. Muito frutada, tem a companhia de tosta, chocolate preto. Ligeiro toque vegetal. Bom final, guloso.
À semelhança dos anos anteriores, este vinho apresenta-se já prontíssimo a beber, com um perfil guloso, frutado, com alguma complexidade. Temos aqui a receita para o sucesso, com um vinho fácil mas não modesto, com um vinho moderno, jovem e urbano. Temos aqui a receita certa.
Para fim de historia, digo-vos que o preço por garrafa ronda os 8 a 10 euros, logo não é um vinho propriamente barato, mas vale cada cêntimo.